quarta-feira, 15 de outubro de 2008

FILHOS ILUSTRES POLÍTICOS

  • SENADOR OLAVO OLIVEIRA

Advogado, professor da Faculdade de Direito, Jornalista, Político, três vezes constituinte, um dos maiores juristas do nossa estado.

Olavo Oliveira nasceu em Granja em 14 de junho de 1893,filho de família de tradição político. Seu pai Luiz Felipe de Oliveira era Deputado Estadual, a mãe Cândida cuidava do marido e do filho.

Olavo Oliveira fez suas primeiras estudos em Sobral. Em 1910, foi para Fortaleza onde concluiu seus preparatórias, dois anos depois já estava em Recife iniciando uma trajetória brilhante.

Um episódio marca particularmente a trajetória do político, quando Getúlio Vargas voltou à presidência em 1950 eleito pelo voto direto, o cearense e granjense quase foi o seu companheiro de chapa. Segundo homem da hierarquia do PSP, atrás somente de Ademar de barros, o mentor do partido, Olavo teve seu nome indicado mas foi preterido por sua valentia e caráter inquebrantável, pelo próprio Getúlio que preferiu Café Filho,como seu vice.

Faleceu em 27 de novembro de 1966, vítima de AVC.Recebeu diversas homenagens, inclusive uma que lhe confirmaria o prestígio. Quatro ex-governadores cearenses lhe conduziram ao túmulo, eram eles Plácido castelo, Persival Barroso, Virgílio Távora e Paulo Sarasate.

Senador Francisco de Paula Pessoa

Nasceu em 24 de março de 1795, em Granja, filho de Tomás Antônio Pessoa de Andrade e Francisca de Brito Pessoa de Andrade,casou-se com Francisca Maria Carolina, que era de Santa Quitéria, foi comandante Superior da Guarda Nacional de Sobral, Capitão-Mor, depois Coronel em Sobral. Exerceu a função pública de Senador de 1849 à 1837, cargo que deixou por motivo de doença,figura destacada da Revolução do Equador, vice-presidente da Província.Era membro honorário do Instituto de Advogados da Corte, oficial da Ordem da Rosa e fidalgo cavaleiro da Casa Imperial, foi uma homenagem que ele recebeu e faleceu em 16 de julho de 1879.

GUILHERME TELES GOUVEIA

Precocemente guindado à vida política de Granja, Guilherme Gouveia participou de todos os movimentos político-sociais de sua terra, inicialmente, aliado político do Coronel Inácio de Almeida Fortuna, definiu-se pela ardorosa oposição ao partido Direitista LEC( Liga Eleitoral Católica), ao qual no momento pertencia o Senador Olavo Oliveira. Por essa altura, Guilherme Gouveia era filiado ao velho PSD, partido das tendências esquerdistas que contava com Armando Sales de Oliveira entre seus membros. Líder político em Granja, e influente em toda a zona norte do estado, desde cedo, Guilherme Gouveia militou na política e aos vinte e cinco anos de idade, com a vitória da Revolução de Trinta,e sob a inspiração a Prefeitura de Granja, por indicação do então Interventor estadual Dr.

GUILHERME GOUVEIA FILHO

Filho de Guilherme Teles Gouveia e Hilda Barreto Xavier Gouveia. Nasceu em Granja em 19 de abril de 1935.Aprendeu as primeiras letras com a professora Líbia Barreto Xavier, na Escola Municipal Getúlio Vargas. Fez o curso primário nas antigas “Escolas Reunidas”, transferindo-se posteriormente para o “Grupo Escolar Coronel Luiz Felipe”, então recém-inaugurado. Teve por mestras as seguintes professoras: Maria Antonieta Oliveira Martins, Maria de Jesus Dias Mota, Odete Coelho Teixeira, Ruth Machado Gouveia, Antônia Maria Coelho de Oliveira e Francisca Leilah Frota de Oliveira.

Após ser preparado pela escritora Maria Hilda Xavier Gouveia de Oliveira, em 1948, prestou exame de admissão ao ginásio, em Fortaleza, no Colégio Cearense do Sagrado

Coração, obtendo o segundo lugar, e a Medalha de Honra ao Mérito, o que lhe valeu uma bolsa de estudos no Colégio Pedro II – Internato, no Rio de Janeiro, onde completou o curso ginasial e parte do científico, tendo então como professores, dentre outros, Álvaro de Barros de Lins, Mário Pedrosa, Cândido Jucá Filho, George Summer, Cecil Thiree, Quintino do Vale, Vandick Londres da Nóbrega, Jacques Raimundo, Mecenas Dourado, Lélio Gomes, Aldemir São Paulo, Leônidas Sobrino Porto e Haroldo Lisboa da Cunha.

Fez vestibular para as Faculdades de Economia(1962) e de Direito (1971), ambas da Universidade Federal do Ceará, tendo sido classificado em segundo lugar na primeira dessas faculdades, e em quadragésimo quarto lugar na segunda. Em 1962, impossibilitando de freqüentar as aulas, por haver sido eleito Prefeito Municipal de Granja, abandonou a Faculdade de Economia, formando-se depois em Direito, na turma de 1975.


HUGO MOTA

Farmacêutico e auto proprietário em Granja. Filho de João Porfírio da Mota e da Leonor Dias Mota, nasceu a 20 de fevereiro de 1896. Foi casado com Dona Arzília da Silveira Mota, durante o período de 1928 a 1930, governou o município de Granja, na qualidade de Prefeito.

Francisco Gonzaga de Souza

Nasceu no distrito de Pessoa Anta,em 21 de junho de 1902. Filho de Joaquim Francisco de Souza e Inocência Maria de Souza.

Trabalhou como auxiliar de comércio de 1918 a 1927, período também em que dominou a sociedade local. Foi administrador ma mesa de renda estadual de 1928 a 1930, dedicando-se ao comércio e a política, sendo em 1936 eleito vereador a Câmara Municipal de Granja, e em seguida seu Presidente.

Em 1937 assumiu a Prefeitura Municipal, em substituição ao Prefeito Francisco Félix Fragoso por renúncia deste.

Ainda em 1937, foi nomeado Prefeito Municipal de Granja pelo então interventor do Estado Dr. Francisco de Meneses Pimentel, permanecendo a frente do governo municipal até 1945. Em 1946 foi novamente nomeado prefeito, afastando-se em março de 1947, quando candidatou-se a prefeito. Em 1954, foi novamente eleito para Prefeito para o período de 1955– 1959. Em 1962 foi eleito a vice-prefeito para os anos de 1963 a 1967.

Não chegou a concluir o primário porém chegou a possuir vastos conhecimentos através de seus grandes esforços em sua vida pública e particular, sempre lutou pela educação e saúde da família granjense. Em sua vida pública, como prefeito, manteve longa assistência à pobreza. Faleceu a treze de abril de 1972. Estando sepultado no cemitério São João Batista, em Granja.


FRANCISCO GONZAGA DE SOUZA

Nasceu no distrito de Pessoa Anta,em 21 de junho de 1902. Filho de Joaquim Francisco de Souza e Inocência Maria de Souza.

Trabalhou como auxiliar de comércio de 1918 a 1927, período também em que dominou a sociedade local. Foi administrador ma mesa de renda estadual de 1928 a 1930, dedicando-se ao comércio e a política, sendo em 1936 eleito vereador a Câmara Municipal de Granja, e em seguida seu Presidente.

Em 1937 assumiu a Prefeitura Municipal, em substituição ao Prefeito Francisco Félix Fragoso por renúncia deste.

Ainda em 1937, foi nomeado Prefeito Municipal de Granja pelo então interventor do Estado Dr. Francisco de Meneses Pimentel, permanecendo a frente do governo municipal até 1945. Em 1946 foi novamente nomeado prefeito, afastando-se em março de 1947, quando candidatou-se a prefeito. Em 1954, foi novamente eleito para Prefeito para o período de 1955– 1959. Em 1962 foi eleito a vice-prefeito para os anos de 1963 a 1967.

Não chegou a concluir o primário porém chegou a possuir vastos conhecimentos através de seus grandes esforços em sua vida pública e particular, sempre lutou pela educação e saúde da família granjense. Em sua vida pública, como prefeito, manteve longa assistência à pobreza. Faleceu a treze de abril de 1972. Estando sepultado no cemitério São João Batista, em Granja.

ANTONIO FREDERICO DE CARVALHO MOTA

Nasceu em 1857, em Granja. Foi deputado estadual e vice-presidente do estado, cujos destinos governou, em virtude de renúncia do comendador Nogueira Acioli, a 24 de janeiro de 1912 faleceu no Rio de Janeiro

DR. AUGUSTO FULGÊNCIO PERES DA MOTA

Nasceu em Granja, no dia 31 de agosto de 1851, médico pela faculdade de Baía a 15 de dezembro de 1877. Foi Deputado Provincial em diversas legislaturas. Faleceu no dia 22 de junho de 1898, vítima de afogamento no rio Coreaú.

CUSTÓDIO MOREIRA DA COSTA

Nasceu em Granja, em 1838. Chefe político, advogado e deputado provincial em diversas legislaturas, faleceu em 1886.


ESMERINO OLIVEIRA DE ARRUDA COELHO

Na cidade de Granja, em 29 de maio de 1922, Esmerino Oliveira de arruda Coelho viu a luz pela primeira vez.Filho de Vicente Ferreira de Arruda Coelho e Inácia Oliveira de Arruda Coelho, Esmerino possui um caráter cuja formação começou no berço de uma família bem constituída e alicerçada nos valores morais da religião católica.

Menosprezando as convenções sociais, julgadas como de somenos importância, e toda sorte de hipocrisia, Esmerino adota uma linha de procedimento pautada apenas no respeito ao próximo e ao direito alheio. É leal e de uma franqueza que, as vezes, chega às raias da agressão. Apesar disto, construiu um patrimônio incomensurável, que são so seus incontáveis amigos. A sinceridade e a capacidade de conquistar as pessoas são traços marcantes de sua personalidade que, apesar de serem qualidades inatas, são por ele cultivadas com o maior desvelo.

Dono de um temperamento explosivo, não se policia ao expor suas idéias. Como por exemplo de suas explosões, recordo o caso dos Auditores da Receita Federal que foram encarregados de fiscalizar a sua empresa RENT – TV . Depois de muito se aborrecer com os mesmos, ele não vacilou:numa reunião social, vociferou:São uns vagabundos! Querem é grana! Pagou caro por mais uma incontinência verbal. De fato, Esmerino é uma pessoa altamente polêmica.

Brasileiro ilustre, notabilizou-se por ser um vencedor, em todas as empreitadas que abraçou. Jamais provou do gosto amargo da derrota; muito pelo contrário, sempre experimentou o sabor das vitórias, que , aliás, foram muitas, no entanto, padeceu a suprema dor da perda de um filho, tornando-se dubitativo e, por fim,agnóstico.

Sem perder a força moral, ele é um homem que enfrenta quaisquer obstáculos e inimigos, por mais poderosos que sejam, desde que ameaçado em sua honra pela calúnia ou difamação, quando se torna um leão ferido.

Casado com ´Dona Carmen, esposa e mãe exemplar, por ela foi sustido nas horas mais difíceis de sua existência. Quem conhece Carmen sabe quanto ela é uma mulher total.

Esmerino foi médico cirurgião, empresário e político. Bem sucedido em todos esses ramos de atividade, merece destaque pela sua caminhada na política, uma vez que foi eleito, sucessivamente, em três legislaturas.

No campo da política, ainda hoje se recorda o seu entrevero com Carlos Lacerda, um dos maiores tribunos brasileiros de todos os tempos. Quando por ele atacado em sua honra, não se intimidou e partiu para o destemido contra-ataque, chegando a solicitar à Câmara dos Deputados uma Comissão Plena – fato inédito na vida do Congresso Nacional – sendo absorvido, por unanimidade, das levianas acusações do então governador da Guanabara.

Sempre teve uma percepção muito aguçada dos problemas políticos. Cito como exemplo a eleição de Gonzaga Mota para governador do Ceará. Lançado candidato, seu nome não empolgou, de início, nem as elites, nem o povo, o que passou a preocupar a muita gente, inclusive a min, por considerado duvidosa sua vitória. Revelei a Esmerino o problema, e ele, prontamente, veio com uma saída de gênio: A solução é o Adauto compor a chapa como vice de Totó.

A princípio, pareceu-me um tanto difícil, uma vez que tal solução exigiria do ex-governador grande dose de humildade. Levando o problema a Adauto, este, após relutar, como se previa, terminou aceitando o problema, numa demonstração de lealdade ao partido e edificante testemunho de grandeza e humildade de um homem público. Essa postura de Adauto levou à vitória a chapa encabeçada por Gonzaga Mota. O estrategista, sem dúvida, foi Esmerino.

Vitorioso em todas as eleições que disputou, ele tem como única frustração não ter assumido cadeira no Senado Federal. Foi primeiro suplente do senador Cid Carvalho, posição conquistada em sublegenda, disputada com mais dois candidatos. Detalhes desta frustração o leitor encontrará, com muita fidelidade, descrito por ele próprio, que promete torná-la fato público, com todas as minúscula, doa a quem doer. O desfecho do caso, em resumo, foi que o ex-senador Cid Carvalho arranjou, na pessoa de Esmerino, e com razão, um adversário cordial.

Aparentemente conformado, não inventou qualquer ação no âmbito da justiça e muito menos na Comissão de Ética do Senado Federal, atitude que seria normal, haja vista procedimento recente do suplente do senador, pelo Rio de Janeiro, Saturino Braga, que também não honrou o compromisso assumido. Há pessoas sempre prontas para a crítica acerba e muitas vezes injusta, quando se tratar de censura o comportamento de terceiros. O rol é muito grande e nele se inclui o deputado Mauro Benevides, cujo procedimento semelhante foi por todas condenado.

É lamentável. Um bando de Varões de Plutarco, sepulcros caiados que pregam a ética para os outros, mas esquecem de tê-la presente, no cumprimento de seus compromissos. Intimoratos quando enxovalhavam a vida profissional e, até mesmo, a honra pessoal do cidadão comum; desde que escudados na imunidade que lhes confere um mandato popular. Esmerino promete voltar o assunto, quando julgar oportuno . Alguém tem que apontar os fariseus da política cearense e mostrar que“o Rei está nu”.

Sua vidas é de lutas e vitórias conquistadas com muito trabalho e perseveranças.Trata-se, pois, como o leitor concluirá, de uma pessoa sui generis, que se caracteriza da seguinte forma: Altivo, sem arrogância; às vezes, humilde, sem subserviência.


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