terça-feira, 16 de dezembro de 2008

terça-feira, 11 de novembro de 2008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

HINO DE GRANJA

LETRA : Pe. Osvaldo Carneiro Chaves
MÚSICA : Joaquim Carneiro Magalhães

Quando o sol rasga a bruma d'alvorada
Descobre entre perfumes e verdores
Um berço de cortina aurinevada
Coberto por dossel de lindas cores:
É Granja que nas margens situada
Do Rio Coreaú, plena de amores
E de encantos, diz ser a Pátria amada,
Mãe querida que acalma nossa dores.
Terra de Lívio Barreto,
Rica terra abençoada:
Em teu seio é doce a vida,
Terna mãe Granja adorada.
Teu seio é para nós o de mãe pura,
Alenta-nos na dor e na amargura
E dá-nos o calor de ternos ninhos.
Sentimo-nos felizes berço amado,
Debaixo deste céu sempre azulado,
Coberto pelo véu de teus carinhos.
Granjenses, pela glória dio Brasil,
Lutar,lutar com fogo juvenil!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

VISITE O BLOG

http://jxavierfilho.blogspot.com/

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FILHO ILUSTRE - MUSICO

JOSÉ VIEIRA NETO

Nascido em Granja, em 13 de dezembro 1889, foi ourives e músico, arte essa a qual se dedicou em toda sua existência, sua escassa condição financeira o impediu que prosseguisse os estudos, e desenvolvesse assim sua aptidão para as letras, pois era dotado de aprimorada inteligência e cultivava o hábito da boa leitura, razão pela qual portava conhecimentos vastos.

Passou a sua infância, mocidade e parte da vida adulta, em sua terra natal, onde dedicou-se a arte que ele tanto amava, preparando jovens cujo os valores se destacaram mais tarde.Estudou, e aperfeiçoou-se com seus próprios esforços, regeu com bom desempenho à Banda de Música do Mestre José Vieira, constituída de músicos de reconhecido valor;Ela animava as tardes da Granja, tocando os mais diversos gêneros musicais, realizada esse momento no coreto da praça da Matriz.Participava, das festas religiosas antes e depois das celebrações, executando dobrados famosos e marchas . Foi professor de Música, no Colégio Estadual São José. Preferia tocar saxofone e clarinete, regia bandas e orquestras, e era autor de várias composições musicais.

Casou-se no dia 03 de novembro de 1924, com Maria Luíza Barros que era cantora das festas religiosas.Viaja para Crateús, e depois para Fortaleza onde mora algum tempo, em 1964, volta para sua terra natal, e exerce sua profissão com sucesso.

Faleceu em 24 de dezembro de 1972.

FILHOS ILUSTRES : LÍDERES RELIGIOSOS

MONSENHOR MANOEL VITORINO DE OLIVEIRA

Nascido em Granja, no dia 02 de novembro de 1893,filho de Joaquim Pereira de Oliveira e Maria Firmino da Conceição. Foi batizado no dia 25 de dezembro em Granja, na Igreja que no futuro ia administrar.

Manoel Vitorino estudou com o professor renomado da época chamado, José Garcez, e depois foi estudar em Fortaleza,aos 25 anos já havia recebido o sacramento da ordem, do Bispo D. José Tupinambá da Frota.

Padre Vitorino, inicialmente foi vigário da cidade de Tamboril, em 1937 foi nomeado o 12º padre de Granja, sua transferência foi por questões políticas .Em 1958 foi nomeado Monsenhor,nesta cidade executou várias obras como a construção da Igreja do Parazinho, batizou cerca de 70% da população da época.

Faleceu no dia 17 de dezembro de 1963, às 5:00 horas da manhã e foi sepultado em Granja na Capela de seus pais.

PADRE ARNALTON DIAS VASCONCELOS

Nasceu no dia 24 de novembro de 1962, em Granja.

No dia 19 de março de 1963 foi batizado na Igreja Matriz de São José pelo saudoso Pe. Manoel Vitorino de Oliveira.

Em 1990 ingressou no Seminário Regional Nordeste I , no setor filosófico, após dois anos concluiu Filosofia.

Em 1993 ingressou novamente ao seminário Regional do Nordeste, no setor de Teologia, após três anos concluiu.

A pedido do Excelentíssimo Reverendíssimo D. Francisco Xavier Hernandes Arnedo, em 5 de janeiro de 1997, vai trabalhar no Seminário São José em Tianguá, colaborando no processo de formação destes seminaristas que ali moram.

Em 08 de março de 1997, é ordenado Diácono por D. Xavier na Catedral de Tianguá.

Em 13 de setembro de 1997, passou a ser sacerdote em Granja se despedindo da Granja, em 1989.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

FESTIVAL DE QUADRILHA

ARTESANATO GRANJENSE








FILHOS ILUSTRES POETAS , ESCRITORES E JORNALISTAS











PEDRO MAGALHÃES








Pedro de Sousa Magalhães nasceu a 10 de setembro de 1963, no sítio Vereda dos Júlios, distrito de Sambaíba, Granja, Ceará, Filho de Antonio Carneiro Magalhães e Francisca Sousa Maglhães.

Passou a sua infância na fazenda, onde aprendeu a ler e escrever.

Em 1978, com 15 anos incompletos, mudou-se para a sede, Granja, onde cursou o 1° e 2 ° graus escolares, no Colégio Estadual São José, até 1985.

Em 1991, inicia o curso de Letras - Licenciatura Plena, na Universidade Estadual Vale do Acaraú, em Sobral.


GRANJA NO TEMPO

( Melodia de Emanuel Erismar de Carvalho)


Simplemente me contaram

Que os índios aqui andaram

Pelas ruas da floresta:

Tabajaras e Tapuios,

Tremembés e Coansus

Começaram nossa festa!


Onde são as nossas ruas,

Mulheres dançavam nuas,

No batuque dos tambores,

Enquanto a lua sorria,

Sem saber que atraiam

Europeus navegadores.


E nasce Macaboqueira,

Uma vila Ribeira

Do então Rio da Cruz.

E a raça aqui se esbanja

Para hoje ser Granja,

Abraçada por Jesus!


E até hoje o nosso povo

Sempre tem um canto novo

E não pára de sonhar...

Se o rio que aqui passa

Tem o verde e tem a graça

Da esérança popular!


O RIO GRANJA

Granja, minha terra,

Pra cantar-te o meu amor,

Não me fiz poeta... sonhador!

Não me fiz um saudosista,

Fiz-me um rio!

Não o Rio das Garças,

Garças brancas,

De tão brancas já não vistas.


Fiz-me um outro rio.

Nada grande, mas perene,

Perene em minha vida!

Um rio bem diferente,

Sem foz, sem nascente,

Sem estação,

Circulando em minhas veias...

Minhas veias são seu leito,

A transbordar-me o coração!


E afluem no meu curso

O pitoresco de tuas ruas,

As vivências do presente,

A simpatia das tardes tuas!

Teus fiéis nas procissões

Pelas ruas enfeitadas,

Com mensagens de louvor,

Esmeradas pela fé!


E segue uma delas...

Festiva, caudalosa...

Conduzindo por sobre flores

O padroeiro São José.


E se uma chuva, doce chuva,

De repente principia,

É bem-vinda, não atrapalha,

Faz mais linda a procissão!

Abrem-se os guarda-chuvas,

Qual se fosse muitas flores,

Alegres, multicores,

Desabrochando em comunhão:


Violetas, pretas, verdes e amarelas...

Azuis, vermelhas, brancas e lilases...


Em duas filas paralelas.


Assim ó Granja,

O desfilar da tua vida

Vai caindo no meu leito,

Engrossando-me a corrente

Deste rio humano e quente,

De águas vivas, coloridas!


E por isto, minha terra,

Quisera em minhas águas

Corregar as tuas mágoas,

Dar no mar com teu desgosto.

E a grandeza de um conselho

Trazer-te em meu espelho,

Onde buscas o teu rosto,


Mas,

Não sou o rio que passa,

Entre gorjeios!Bonançoso,verdejante!

Que alveja a nossa roupa,

Que sacia a nossa sede,


Que serve a todo instante,

Não sou esse rio que passa.

Sou apenas o que fica.

Nada belo,nada grande.

Não venho do sul,

Nem vou para o norte.

Não dou vida nem dou morte.


Sou apenas o Rio Granja,

Que nasce e deságua em mim,

Com segredos de paixão!

Que circula em minhas veias...

Minhas veias são seu leito,

Comm barragem no meu peito

A transbordar-me o coração!

15/11/93




PE. OSVALDO CHAVES








Nasceu a 21 de outubro de 1923, no sítio Angelim, distrito de Sambaíba, município de Granja,Ceará. Filho primogênito de Manuel Chaves Fernandes e Maria Carneiro Chaves.Em 1924 foi acometido de poliomielite, com atrofia da perna esquerda

Em 1939, matricula-se no Ginásio Lívio Barreto, de Granjacujo epônimo, poeta da terra, desperta-lhe o gosto pela poesia.Em 1840, ingressa no seminário Menor de Sobral, aprimora seus estudos, lendo os poetas e prosadores clássicos.Em 1945, lê a obra de Cassiano Ricardo, o poeta que mais influenciou nas suas poesias.Matricula-se no curso de Filosofia do Seminário Maior de Fortaleza, em 1946.

Em Sobral , no ano de 1951, na Catedral de Sobral é ordenado sacerdote por Dom José Tupinambá da Frota.Em 1952, iniciou o Magistério no Seminário de Sobral, como professor de Português, Francês e Música.Três anos após participa de curso de aperfeiçoamento em Francês, em Fortaleza, em seguida exerce a função de vigário em Crateús, onde também leciona em escola secundária.Sua transferência para a paróquia de Acaraú foi no ano de 1957, onde leciona Latim e Inglês.Após dois anos foi transferido para a Paróquia de São Benedito, onde lecionava Latim, Pedagogia e Francês.

Em 1960, passa a residir definitivamente em Sobral e retorna ao Magistério do Seminário , como mestre de Português, Latim e Grego.Aprofunda-se na leitura dos grandes poetas da leitura universal, começa a ensinar na Faculdade de Filosofia Dom José , como professor de Português e Literatura Luso-Brasileira, onde permaneceu 13 anos.

Mais o professor também estuda, conclui sua Licenciatura de Filosofia Pura na Universidade no Piauí, em 1971.após dez anos se aposenta por tempo de serviço como professor e após isto resolve publicar o livro “Exíguas”.


PEDRO QUARIGUASI

Nasceu no dia 28 de julho de 1899, na cidade de Granja. Filho de José Quariguasi da Frota e de Genoveva Teles da Frota.

Em dezembro de 1914, embarcou para o Amazonas, como empregado da firma “Frota e Fortuna”, permanecendo ali até 1919. Depois trabalhou como “nivelador” na construção de estrada de rodagem Granja-Viçosa do Ceará. Em 1992, publicou um livro de poemas intitulado”Meu 92 anos de preciosas existência”.Faleceu no dia 27 de janeiro de 1995, com 95 anos de idade.

RAUL SIQUEIRA XAVIER

Nasceu em Granja, filho de José Raimundo Xavier e de Justina de Siqueira Xavier. Fez seus estudos no Rio de Janeiro, onde fixou residência. Faz parte da Associação dos Escritores \Brasileiros, jornalista e cronista. Cultiva também a poesia, sendo seu nome apontado com grande destaque.O seu trabalho no campo das letras se tem limitado na colaboração constante na empresa carioca.


HILDA GOUVEIA DE OLIVEIRA

Nasceu no Ceará, em 1929, e estudou em Fortaleza no Ginásio Americano e no Colégio da Imaculada Conceição. Casada aos dezoito anos é mãe de duas filhas e desde, os vinte e cinco anos de idade mora no Rio de Janeiro, onde se diplomou em Letras Anglo-germânicas pela FNFI , Instituição em que passou a ensinar a partir de 1965. Obteve título de mestre em Literatura Inglesa e cumpre atualmente os créditos para o doutorado para essa mesma área, na Faculdade de Letras da UFRJ, onde é membro do corpo docente.

O seu primeiro romance, “Os Sete Tempos” mereceu um prêmio no concurso Nacional Walmap, sendo depois publicado pela INL, em 1971. Em 1976, em co-edição Cátedra-INL, a autora publicou novo romance, “Os Distraídos”. Em 1980, surgiu novo livro seu, desta vez um ensaio dos roences de Virgínia Woolf, e editado também pela Cátedra.

Hilda Gouveia de Oliveira tem-se ocasionalmente dedicado ao conto e aos estudos da literatura inglesa e americana, e de modo geral, a sua obra tem merecido crítica favorável de profissionais das letras tais como, entre outros, Alceu Amoroso Lima, Raquel de Queiroz, Maria Alice Barroso, Carlos Drummond de Andrade, Octávio de Faria, Reinaldo Bairão, Braga Montenegro, Eduardo Campos, Ari Quintella, Torrieri Guimarães, Lausimar Laus e Raquel Mazza Samy.

Alguns anos atrás além de um livro de contos a publicar a escritora prepara romance ainda sem título definitivo, este romance “O longo curso do minuto”, propõe uma esdrúxula de realidade em que o plausível e a fantasia se interpenetra.

ARTUR TEÓFILO

Pseudômino: Lopo de Mendonça, era escritor e natural da freguesia do Ibuaçu, do município de Granja, onde nasceu a 22 de dezembro de 1871.Filho do hábil artista Teófilo Roberto de Sousa. Espírito muito dado às letras em corpo de lastimável fragilidade, ávido de aprender e sobressair Artur Teófilo conseguiu quando em Viçosa em companhia dos pais montar um jornal “ A Idéia”, de que era o redator, compositor e impressor.

“A Idéia” é de 1890. Selva Braga (pseudônimo de Júlio Braga) nas suas impressões de viagens publicadas em novembro de 1892, na “República”, de Fortaleza, refere-se neste termos a “A Idéia”.Visitamos a casa onde se imprimiu “A Idéia”, jornalzinho hebdomadário. Já bem conhecido na Fortaleza e em outros estudos. Seria talvez assim que o “Pai da Imprensa” começou.

O prelo, os tipos e as caixas foram fabricadas por Teófilo Roberto; Artur Teófilo compõe o que escreve e o que vem dos seus colegas de redação, os simpáticos e inteligentes jovens, João Benício Fontenele, Alfredo Nogueira e Antonio Carvalho. A área ocupada pelas oficinas não vai muito além de dois metros quadrados. Transportando-se para Fortaleza, Artur Teófilo aqui ocupou um emprego numa das secretarias do governo, foi assíduo colaborador de “O Pão da República” e redigiu por conta própria “O repórter”, cujo o primeiro número é de 25 de fevereiro é 1897.Ocupou também, mais por meses, um lugar na Comissão de Açudes de Quixadá. Tinha em preparação um romance com o título “O Cigano”, que seu estado de constante enfermo estava todos os dias a interromper. Era um dos mais talentosos o nome de Lopo de Mendonça salientando-se como Conteur, como o atestam “ O Caso do Sargento”, “A morte da avó”, “O exame primário”, e outros escritos do mesmo gênero. Publicou: 18XX – “A Morte da Avó” – conto : 18 XX - “ A Tísica” – conto : 18 XX – “O Exame Primário”- conto: 18 XX – “ Desmoronamento” – conto: 18 XX – “A Primeira Energia” – conto: 18 XX - “ O Caso do Sargento” – conto : 18 XX – “O Cigarro” .

Organismos de há muito combatido por terrível tuberculose, sucumbiu a bordo do navio “Cabral” quase a chegar Fortaleza, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista no dia 2 de agosto de 1899.

MANUEL MIRANDA

Foi comerciante, escritor, poeta, jornalista, e seria grande professor se lhe tivesse sobrado tempo para dedicar a mais uma profissão.

Era um cearense nascido em Granja, a 2 de agosto de 1887. Filho de pai sem recursos e materiais.Como na infância não recebeu as bênçãos da fortuna, não pode fazer estudo secundário, mais nem por isso se deixou abater pelo desânimo.Apenas sem escolas nem professores, lia tudo. Estudou, começando pela “Carta do ABC”, inseparável manual de ensino com que convivia noite e dia até tornar-se mais esclarecido e passar a outros compêndios mais instrutivos.

Foram os livros seus únicos mestres. Era admirável ver-se Manuel Miranda de h jornal na mão, a discutir as notícias com avidez insana e principalmente quando se tratava de assuntos políticos da modesta comunidade onde nasceu.

Por isso, mesmo , teve os seus admiradores, que lhe faziam “Roda quer no mercado onde lhe exploravam o talento precoce, quer em casa de família, onde o mimavam como uma verdadeira revelação”. Já crescido, mudou-se para Ubajara, onde negociava com o seu irmão mais velho, Vitaliano Miranda, cedo soubera livrar-se das estreitezas do pequeno burgo, e Manuel Miranda imitou-lhe a aventura.

Serviu aí de caixeiro ao mano até estabelecer-se por contra própria, montando uma loja que era um legítimo bazar. Vendia de tudo : fazendas, medicamentos, artigos religiosos, ferragens, miudezas.

Nos dias de feira, corria de uma a outra ponta do balcão para atender a pletora de fregueses, os quais o apreciavam bastante por ver-lhe não apenas agilidade, mais, e sobretudo, afabilidade natural, o trato fora do comum. Fez progressos, utilizando-se do crédito como capital e da honestidade como propaganda para atrair fregueses.

Quando, ao término do dia, sentiu as pernas fatigadas, punha a cabeça a funcionar, alternando as faculdades físicas com as intelectuais, nesse plantão de duplo sentido militar em que o cidadão se rende a si próprio sem render-se à fadiga...

Durante o dia dedicava-se com afinco a trabalho. A noite era para o estudo, as leituras de agora silenciosas, os rabiscos no papel. E tornou-se, assim, um autodidata de primeira linha.Ao lado das atividades comerciais Manuel Miranda jamais esqueceu a cultura do espírito, lendo e arrancando do que lia o sustento necessário ao seu desenvolvimento intelectual.Nessa atividade fez também progresso.

Em Ubajara, fundou em 1915, juntamente com o poeta Craveira Filho, o jornal “A Ibiapaba”, o primeiro jornal impresso naquela vila. Sendo Manuel Mirando o seu idealizador.A pequena empresa de difusão cultural, reunindo os dois poetas, não conseguiu sobreviver, somente por implicação de ordem econômica, como também por que se deu a dissociação motivada por interesse de cada componente. Craveiro Filho teve que se mudar para Sobral onde o Jornal “A Ordem” aguardava a sua presença, para poder circular e Miranda teve que se contentar com as suas atividades comerciais.Mesmo assim, lia e escrevia, para melhorar seu aprimoramento intelectual.

Quando sua situação financeira atingiu um certo ponto de equilíbrio ele montou uma gráfica, em 1909 fizera circular, com José de Vasconcelos, “O Serrano”, hebdomadário bem redigido, onde se firmou como jornalista de talento, versejando as vezes “Currente Calamo”, simples e inspirado.

Se afirmou como literato, cultivando deligentemente a poesia e o conto.

O verso de Manuel Miranda no soneto como na poesia propriamente dita, é espontâneo e bem inspirado. Não o preocupa o seu lado estético (chegou mesmo a claudicar imperdoavelmente na metrificação) . Tudo, nele, é sensibilidade e emoção, que o poeta conseguiu externar em rimas suaves e harmoniosas. O conto é de feição e sonho realista. Pode mesmo dizer-se que era casos da vida real – da vida de cada um.

TIAGO TANCREDO RIBAS

Era 2º Tenente, Jornalista, Engenheiro Militar e estudioso de Filosofia.Era filho de Felipe Ribas, herói que participou da Guerra do Paraguai, e de D. Mariana Ribas, falecida a v13 de abril de1911, com 69 anos de idade.

Tiago Ribas, faleceu no dia 18 de julho de 1895.

Fez os primeiros estudos em Granja, com o professor Francisco dos Santos e com o Dr. Antônio Augusto de Vasconcelos. Cedo, decidiu pelas armas, matriculou-se, em 1890, na Escola Militar do Ceará, onde se destacou, passando depois para o rio de Janeiro onde, também, brilhou com sucesso. Fora para o Norte como participante de uma expedição militar, no Pará , na Colônia Pedro II e lá faleceu no posto de 2º tenente.

Como jornalista, Tiago Ribas deixou traços inapagáveis de sua vocação, tendo sido redator de “A época” e do “O Soldado”. Publicou, em folhetos, artigo de polêmica travada no “Pátria” e na “Tribuna Comercial”, jornais de Fortaleza, ao torno de matérias filosóficas..

O folheto por ele publicado contém 133 páginas e foi impresso em “Chez Guerin et Derene, 26 rue dês petits Carreaux, Paris,1981, sob o título: Quaresma Dourado e Miranda Henriques”, governadores da então capitania em meado do século XVIII.

EDGAR SOUSA COSTA

Era jornalista, nasceu em Granja a 2 de novembro de 1924. Um dos fundadores da rádio Uirapuru, chefiou por muito tempo o Departamento da Radiojornalismo daquela emissora, atualmente é editor regional e de automobilismo do Jornal “O Povo”. Casado com a senhora Maria Geny Veras Costa , tem os seguintes filhos: Adrianz, Ricardo Sérgio e Carlos Henrique.

METON CÉSAR DE VASCONCELOS

Natural de Granja, nasceu 24 de agosto de 1938, é chefe de gabinete da Secretaria de Educação. Casado com a senhora Yolanda Maria Barbosa de Vasconcelos, tem dois filhos: Antônio Henrique e Ana Flávia.

HUMBERTO BEVILÁQUA

Escritor e viveu muito tempo na Europa, tendo traduzido algumas obras da Língua Estrangeira.

TIBURCIO DE OLIVEIRA

Jornalista de Romance do Ceará, e na capital da república. Filho de Luiz José de Freitas e de Maria de Freitas, foi relator de “O Ceará” e de o “O Rebate”, oposiocionistas que se republicarem em Fortaleza. Na capital federal ocupou brilhante lugar na empresa.

JOSÉ BARRETO XAVIER

José Barreto Xavier ou José Xavier e, mais simplesmente ainda Zé Xavier, era um dos treze filhos do casal Inácio Xavier e Elisa Barreto Xavier. Seu pai era originário da Viçosa e da Malhadinha, sua mãe vinha do Trapiá, de família tradicional.

Nascido em 1903, na Granja, José Xavier estudou no Colégio São Vicente de Paula, em Petrópolis e tirou como se dizia, um diploma de guarda-livros.

Associou-se à firma de seu pai na década de 20, e passou a gerenciá-la, tendo contribuído para evitar sua falência. Mais tarde ficou sendo um titular da mesma e tentou recuperar a posição excepcional que tinha até o início do século XX.

José Xavier não teve uma educação formal, mas como era hábito de todos na sua família, lia muito.Desde literatura portuguesa e brasileira, até história e política .Tinha conhecimento de inglês suficiente para ler o bastante – foi o primeiro assinante da revista “Time” na cidade pelos idos de 1943/1944 – e lia um pouco de francês.

Tinha dotes oratórios e era chamado a fazer discursos sobre os mais diversos temas; chegou a transmitir seus conhecimentos para alunos adultos, tendo dado aulas de português e de inglês, além de ter praticado um pouco de poesia. Ensinou inglês formalmente no Colégio São José.

Casou-se com Edna Menescal Carneiro, Nezinha, com quem teve sete filhos que cresceram na casa e no armazém, como era conhecido o estabelecimento herdado de seu pai.

Zé Xavier nunca foi homem de negócio e foi, certamente, um homem deslocado em suas atividades.Tinha um espírito alegre e brincalhão e dele são conhecidas dezenas de historinhas, próprias ou adaptadas.

LÍVIO XAVIER

Lívio Xavier passou sua infância no seio de uma família privilegiada, que lhe despertou desde cedo o gosto pela leitura e pela artes. Esse entusiasmo se firmou com a mudança para Fortaleza, depois para o Rio de Janeiro, Lívio Xavier entrou para o Jornalismo por questão de sobrevivência.

Em 1948, ingressou para o Estado de São Paulo como redator e crítico, em 1945, foi responsável pela seção da revista do “Suplemento Literário”. Boa parte de seus trabalhos críticos literários em livros, sobre os títulos de “O Elmo de Mambrino”, dedicado a Mário de Andrade.

Em 1974, foi publicado a obra “Infância na Granja”, um livro que registra os aspectos da sociedade granjense. Nunca se casou nem teve filho, faleceu em 1988.

ANTONIO FERREIRA PORTO

Nasceu aos 10 de maio de 1893, na cidade de Granja no Ceará, onde passou a sua infância. Filho de Conrado Ferreira Porto e Joana da Silveira Porto.

Aprendeu as primeiras letras com a sua mãe,de modo que já sabia ler corretamente quando ingressou na escola de Dona Ricardina Porto. Pouco depois, freqüentou também a escola pública de um austero professor, Francisco José Garcez, cuja palmatória ainda existe em Fortaleza, no museu do Ceará.

Em 1907, ingressou no Seminário Episcopal de Fortaleza, onde cursou o 4º ano de preparatório. Nesse tempo as aulas de Literatura, ministrada pelo Padre José de Arimatéia Cysne, constitui um só curso com o 5º ano de preparatório, no decorrer desse último ano, o referido professor conferiu-lhe o segundo prêmio, dando o primeiro ao Dr. Ermínio Araújo, hoje residente no Rio de Janeiro.

Aos 2 de dezembro de 1911, deixou o Seminário e, voltando à sua cidade natal, ocupou o cargo de adjunto de promotor de justiça, sendo promotor Olavo Oliveira, que ainda estudava Direito na Faculdade em Fortaleza.

Jornalista. Foi redator chefe dos jornais “A Comarca” e o “Município”, que circularam, por algum tempo na cidade e município de Granja.

Ator.Representou em dramas e comédias levadas em sua terra, tais como: “Primeiro Amor”, “A filha de Herodes” e vários outros dramas e comédia.

Topógrafo na locação de estradas de rodagem no Ceará, foi nome do nivelador da Comissão de Estudos da Estrada de Rodagem Camocim-Mucambo.

Em seguida, foi transferido para o Estado da Paraíba do Norte, onde trabalhou ao lado do Dr. Ernesto Pyles, engenheiro – chefe da Comissão de Estudos d o Açude Piranhas, que hoje tem o nome de um General. Em seguida, foi designado para fazer o nivelamento do açude de Curema, sob a chefia do Dr. Guilherme Luiz Schneider. Mais tarde, em 1922, esteve na cidade de Martins, no Estado do Rio Grande do Norte, onde fez estudo e levantamento da Estrada de Rodagem para a cidade de Luiz Gomes(Trecho da Serra). Terminados seus estudos, retornou a sua terra natal.

Farmacêutico. Em 1925, com o falecimento de seu pai, assumiu a direção de sua farmácia até que completasse o tempo de licença. Terminada esta, escreveu ao Dr. José Sabóia de Albuquerque, em Sobral para que lhe arranjasse um emprego na fábrica de seu pai. Ao cabo de uma semana, recebeu uma resposta verbal, por intermédio do Dr. Vicente Arruda Coelho em gerência da referida fábrica, mas, para lhe ser agradável, oferecia-lhe um emprego na Farmácia de seu amigo Dr. Jones Monte. Aceitou a oferta transferiu-se para Sobral, no ano de 1929 e , logo depois foi trabalhar na farmácia.

Em Sobral chegando, teve um convite de Dom José Tupinambá da Frota para ensinar no Seminário de Sobral e para ocupar o cargo de escrivão da Secretaria de Bispado recebendo uma mensalidade em dobro do anterior emprego(da farmácia).

Voltou a cidade de Granja para casar-se com Alice Pessoa Félix, filha do Sr. Joaquim Félix. No dia 24 de junho de 1930, realizo o seu intento sendo oficiante o Monsenhor José Aluísio Pinto. Deste enlace nasceram oitos filhos.

Professor. Lecionou francês, português, música e trabalhos manuais nos seguintes estabelecimentos: Ginásio sobralense, Seminário Diocesano.

Exerceu também o cargo de fiscal do Ensino Normal do Ginásio Sant’Ana, como também o de escrivão do Bispado.

Advogado.Advogou e defendeu perante o tribunal do júri em Sobral, o réu Vicente Nascimento, mais conhecido por “Vicente Porquinha”, matador do valentão vulgarmente conhecido por “Burdão”.

Na gestão do Prefeito, Dr. Paulo Sanford, foi delegado do ensino municipal.

Foi correspondente do jornal “O Rebate,” de Vicente Loiola e escreveu o jornal “A Ordem” de Craveiro Filho.Onde deixou farta produção de artigos, dispersos nestes jornais, como no “Correio da Semana”, periódicos da cidade de Sobral.

Poeta. Compôs mitos versos e poesias inéditas e o resto de seus dias na cidade, foi debruçado em sua mesa de estudos e corrigir cadernos e fazer diversos hinos.

O professor Antônio Porto foi uma das personalidades que encarnou a plêidade dos educadores de maior distinção de Sobral. Onde entre eles o seu nome se exalta, no memorial dos educadores o seu labor. A sua versatilidade e seu itinerário como um intelectual se consumou aos anos 90, e foi de uma vida cheia de amor e abundante em serviços para o bem de Sobral e sua cultura.

LUIZ CRUZ DE VASCONCELOS

Escreveu artigos de jornais, é advogado por vocação, a vida toda, e professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, já aposentado, deixou entre seus discípulos a fama de ser um bom professor, porém muito exigente. Mas, dizia aos discípulos que eles ali se encontravam para adquirir o diploma de bacharel em Direito, que os habilitaria às carreiras de juiz, promotor de justiça, defensor público, advogado ou de assistentes jurídicos, todavia, em qualquer delas, haveriam de se submeter a um concurso, para exercer a profissão, enfrentando um número considerável de concorrentes, somente indo vitorioso aquele que tivesse melhor preparo, e a oportunidade para o estudo era aquela. Portanto, cumprindo seu dever de professor solicitava que cumprissem também o seu, de estudante, e julgaria suas provas, com justiça, na conformidade do mérito de cada prova.

E, na realidade, o Prof. Luís Cruz de Vasconcelos sempre procurou pautar sua vida pelo caminho certo, não se conformando em seguir atalhos mais fáceis, porém, incorretos. Daí suas posições nem sempre admiradas. E adianta que a vida é bela, apesar das tempestades e sabedoria da vida está em saber administrar as tempestades e, feliz, seguir em frente.

Não admiti, pois,seu pronunciamento em discursos publicados nesta obra. Além disso, o autor deixa antever, com o exemplo de homens imortais, que o futuro é dos jovens, mas estes para vencer na vida, precisam estudar, estudar muito, com dedicação e amor, no rumo que tiverem escolhido.

JOSÉ HAROLDO SILVA XIMENES

Nasceu em Fortaleza no dia 20 de setembro de 1941. Foi funcionário do Banco do Brasil, onde exerceu o cargo de gerente da carteira de exportação do setor de câmbio , na Agência Centro Fortaleza. Credenciado pela Universidade de Michigan , Estados Unido, da qual recebeu um certificado de proficiência em inglês, foi professor e tradutor dessa língua por vários anos em Quixadá e em Fortaleza. Atualmente aposentado dessas atividades, dedica-se ao estudo da história do Ceará.

LIVIO BARRETO

O caixeiro poeta


LÍVIO BARRETO
LÍVIO BARRETO

Exigências de fortuna obrigaram-no a ir, muito criança ainda e muito a contragosto seu, servir como caixeiro de um parente (ofício embrutecedor que o perseguiria pela vida a fora), gastou ele aí a melhor parte de sua infância, incompreendido e anônimo. Mas, não podendo conter os ímpetos de sua alma em anseios de ideal superior, com José Barreto, Luís Felipe, Belfort e outros funda um jornal literário - O Iracema - onde aparecem seus primeiros versos, defeituosos ainda, mas já reveladores da inspiração e da originalidade daquele que mais tarde passaria a ser o principal representante do Simbolismo no Ceará, apesar da forte tendência romântica.

Sentindo o meio em que vivia intelectualmente atrasado para seus talentos, resolve seguir para Belém do Pará, em junho de 1888, onde trava conhecimento com o poeta João de Deus do Rêgo, que muito contribui para o seu aperfeiçoamento literário. Regressa dali, em 1891, doente e acabrunhado de esperanças. Por esse tempo aparece, na sua terra natal, um outro jornal literário - A Luz - em que Lívio publica sonetos e ligeiras crônicas humorísticas. Restabelecido no seio carinhoso da família, em fevereiro de 1892, ruma para a bela Fortaleza, onde se torna um dos fundadores (com o pseudônimo de Lucas Bizarro) da Padaria Espiritual - entidade literária que produzia o jornal - O Pão - tendo à frente o talentoso poeta Antônio Sales.

Intelectualmente satisfeito, mas afetado, fora do lar, por dificuldades financeiras, regressa ele como filho pródigo, acontecendo naufragar à altura da Periquara, em viagem no vapor Alcântara, salvando-se a nado, exímio nadador que era. Isto lhe rendeu um belo poema: “Náufrago”.

Segundo Artur Teófilo, “o Lívio era magro, pequeno, altivamente petulante.Tinha o olhar penetrante, sem vacilações, a fronte alta e abaulada e uma palidez baça de hepático. Ria pouco e só entre amigos deixava por vezes transparecer sua fina verve elegante, um bocado pessimista e epigramática. Com o vulgo era sisudo, um tanto frio mesmo, com uns longes de bem entendido orgulho. Usava casimiras claras, chapéu de feltro alto, e fumava cachimbo, à noite, embalando-se rapidamente na rede, com um livro de versos nas mãos.”

A morte prematura

Lívio Barreto, autor de um único livro - DOLENTES - publicado postumamente por Waldemiro Cavalcanti, faleceu na sua banca de trabalho, em Camocim, fulminado por uma congestão cerebral, pelas 3 horas da tarde do dia 29 de setembro de 1895. Ainda quase um garoto, com 25 anos, que lhe foram concedidos, tempo insuficiente para aprimorar sua técnica, tornou-se o maior poeta granjense de todos os tempos, e um dos principais do Ceará, ao lado de Padre Osvaldo Chaves, que certa vez o perifraseou de “o Casimiro de Abreu da Granja”. Lívio Barreto é patrono da cadeira nº 24 da Academia Cearense de Letras.

Lágrimas

Lágrimas tristes, lágrimas doridas,

Podeis rolar desconsoladamente!

Vindes da ruína dolorosa e ardente

Das minhas torres de luar vestidas!


Órfãs trementes, órfãs desvalidas,

Não tenho um seio carinhoso e quente,

Frouxel de ninho, cálix recendente,

Onde abrigar-vos, pérolas sentidas.


Vindes da noite, vindes da amargura,

Desabrochastes sobre a dura frágua

Do coração ao sol da desventura!


Vindes de um seio, vindes de uma mágoa

E não achastes uma urna pura

Para abrigar-vos, frias gotas d’água!




FOTOS


Livio Barreto

Padre Osvaldo Carneiro Chaves

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